Com a criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), muitos governos assumiram o compromisso com a sustentabilidade e a causa ambiental. Nesse cenário, os países emergentes estão se destacando com o investimento em novas tecnologias e títulos verdes, por exemplo.
São considerados países emergentes os que apresentam altas taxas de crescimento econômico e entraram em um processo de industrialização recente. Também chamados países em desenvolvimento, tiveram aumento nos investimentos internacionais e representam um papel estratégico na promoção do desenvolvimento sustentável global.
Durante a Conferência do Clima da ONU (COP-21), os 195 países participantes aprovaram o chamado Acordo de Paris, em que se comprometem a adotar medidas de combate às mudanças climáticas e limitar o aumento da temperatura a 1,5°C.
Assim, o aumento dos investimentos globais e a inserção de tecnologias de energias renováveis nos mercados de países emergentes são fundamentais para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
Um exemplo é o Chile, que em 2019 se tornou o primeiro país do continente a utilizar títulos verdes para financiar investimentos em transição energética e ecológica do local. A Indonésia, Coreia do Sul, Hong Kong, Nigéria e Ilhas Fiji já haviam aderido a essa modalidade anteriormente.
O dinheiro proveniente dos títulos verdes são usados para lutar contra a mudança climática, por meio de estruturas de transporte coletivo ecológico, gestão da água e projetos de energias renováveis – alguns dos 17 ODS que devem ser alcançados até 2030.
Com isso, os países emergentes mostram que estão envolvidos nos desafios ambientais e sociais da mesma forma que os países desenvolvidos.
Países emergentes e desenvolvimento sustentável
Apesar de assumirem um papel importante para o desenvolvimento sustentável global, os países emergentes têm uma série de desafios para atingir seus objetivos.
Muitos locais não têm recursos suficientes para oferecer serviços básicos à população e geram um crescimento econômico desordenado, muitas vezes utilizando combustíveis fósseis, madeira e energia sem levar em conta os problemas ambientais que isso causa.
A falta de um estilo de vida sustentável também é uma preocupação, já que milhões de pessoas no mundo todo não têm acesso a água potável, energia e saúde pública, por exemplo.
Para resolver esses problemas e alcançar o desenvolvimento sustentável mundial, a transparência é um requisito fundamental para a construção de uma agenda ambiental eficiente.
Dessa forma, é possível criar um programa de médio e longo prazos em busca da sustentabilidade.
Essa preocupação também deve ser debatida de forma global, com o compromisso de todos os governos e instituições envolvidas. Com isso, é possível criar soluções que não sejam excludentes e integrem tanto os países emergentes quanto os países ricos e desenvolvidos.
A tecnologia e a inovação têm papel fundamental nesse processo, pois muitos países em desenvolvimento estão enfrentando crises que não permitem que a sustentabilidade seja tratada como prioridade. Nesse cenário, as políticas sociais e ambientais das nações devem estabelecer os parâmetros para encontrar novas soluções.
Para isso, é importante que os países dediquem cada vez mais recursos para o desenvolvimento e utilização de tecnologias limpas, levando em consideração novos investimentos.
A redução de combustíveis fósseis nas usinas termelétricas, transportes e indústrias também é parte fundamental para superar os desafios dos países emergentes em busca do desenvolvimento sustentável. Confira nosso artigo sobre o papel das empresas em projetos de sustentabilidade.
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