As discussões sobre sustentabilidade e o papel social das empresas não são novas, mas estão assumindo um papel cada vez maior no ambiente corporativo. Com a busca por formas mais sustentáveis de produção e consumo, as cleantechs, ou startups verdes, se destacam por utilizar tecnologias limpas como princípio de atuação.
As cleantechs também são conhecidas como startups verdes pois têm o objetivo de aliar o crescimento dos mercados à erradicação dos impactos socioambientais negativos. A partir da inovação, trazem soluções sustentáveis para vários setores da indústria, reduzindo custos e desperdícios.
Para ser considerada uma cleantech, a empresa deve:
Esse setor tem crescido nos últimos anos. Segundo dados do Smart Prosperity Institute, essas empresas devem movimentar aproximadamente US$ 2,5 trilhões em 2022.
No Brasil, segundo o Mapeamento do Ecossistema de Startups de Cleantech no Brasil, 71% das startups participantes são B2B (business to business) e 43% estão presentes em São Paulo.
A pesquisa também mostra que as empresas estão em diferentes estágios do negócio e a maior parte (36%) já está na fase do mínimo produto viável (MVP), ou seja, a startup já apresenta uma versão simplificada e viável do seu produto final.
Com relação às dificuldades da área, a maioria das cleantechs citaram a expansão do negócio como o maior desafio, seguido pelo acesso a serviços financeiros e a comunicação da proposta de valor.
A inspiração por uma causa e a abertura de novos mercados foram as principais motivações para a inovação citadas no mapeamento. Essa visão demonstra como a demanda mundial por formas mais sustentáveis de produção e consumo também pode ser incorporada pelo mercado.
No cenário atual, são exigidas cada vez mais fontes de energias limpas e renováveis, assim como serviços, produtos e processos voltados para a eficiência energética em todos os setores.
Assim, as cleantechs podem ser classificadas em oito segmentos:
Ainda de acordo com o mapeamento das cleantechs brasileiras, 41% das startups participantes indicam atuar no segmento de energia limpa, com destaque para a energia solar, biomassa e combustíveis renováveis.
Os produtos e serviços oferecidos incluem sistemas de energia elétrica solar, transformação de resíduos orgânicos em biogás e transformação do movimento das ondas em energia elétrica.
Já a segunda categoria mais indicada no levantamento foi ar e meio ambiente, principalmente nas áreas de reaproveitamento de resíduos e controle de emissões.
As soluções criadas pelas cleantechs para esse segmento envolvem desde plataformas que conectam consumidores ou indústrias com recicladores até equipamentos tecnológicos para purificar e descontaminar o ar e a água.
Em geral, muitas startups verdes utilizam tecnologias como big data, internet das coisas, veículos elétricos, drones e inteligência artificial para criar produtos ou serviços que utilizem a sustentabilidade para aumentar a eficiência de processos.
Essas tecnologias limpas são essenciais para o futuro do planeta e para garantir a sustentabilidade das próximas gerações, que só poderá ser atingida por meio da inovação.
Além disso, com o surgimento da sustentabilidade lucrativa, muitos investidores também buscam resultados socioambientais além do retorno econômico. Nesse cenário, as cleantechs têm grande potencial de crescimento nos próximos anos e um papel importante na busca por formas mais sustentáveis de produção e consumo.
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